29.2.04

Islam Atrai Britânicos de Destaque em uma Tendência Crescente

JEDDAH, 23 Fevereiro 2004 – Mais de 14.000 britânicos abraçaram o Islam, de acordo com o jornal britânico Sunday Times.

Citando o primeiro estudo do fenômeno, o jornal disse que as conversões ocorreram por causa da desilusão com os valores ocidentais. O estudo de Yahya (ex-Jonathan) Birt, filho de Lord Birt, ex-diretor-geral da BBC, fornece os primeiros dados confiáveis sobre o assunto delicado do movimento de cristãos em direção ao Islam.

Falando publicamente pela primeira vez sobre sua crença, Birt, cujo doutorado na Universidade de Oxford é sobre os jovens muçulmanos britânicos, argumentou que uma figura inspiradora, similar ao convertido americano Malcom X para os afro-caribenhos, teria que emergir se a próxima etapa, uma conversão em massa entre os britânicos brancos, tivesse que acontecer.

“Você precisa de grandes figuras transicionais para traduzir algo exótico (como o Islam) para o vernáculo,” disse ele. “A imagem do Islam projetada por movimentos políticos islâmicos não é muito atrativa.”

A crença tem feito incursões dentro da elite. Nesse final de semana foi divulgado que a bisneta de um primeiro-ministro britânico se converteu. Emma Clark, cujo ancestral, o Primeiro Ministro Liberal Herbert Asquith, levou a Grã-Bretanha à Primeira Guerra Mundial, disse: “Nós estamos fazendo furor; eu espero que não seja uma paixão passageira.”

Clark, que ajudou a projetar um jardim islâmico para o Príncipe de Wales em Highgrove, está agora ajudando a criar um jardim semelhante para uma mesquita em Woking, Surrey, no lugar de um estacionamento.

Muitos convertidos foram inspirados pelos escritos de Charles Le Gai Eaton, um ex-diplomata do Escritório de Relações Exteriores. Eaton, autor de “Islam e o Destino do Homem”, disse: “Eu tenho recebido cartas de pessoas que estão confusas com os padrões do Cristianismo contemporâneo e estão buscando uma religião que não se comprometa tanto com o mundo moderno.”

Novas evidências chegaram nesse final de semana de que o Islam recebeu uma aceitação formal no coração da elite. A Rainha aprovou arranjos para permitir que os funcionários muçulmanos no Palácio de Buckingham tenham tempo livre para atender às orações de sexta-feira na mesquita: um membro da equipe no departamento financeiro será o primeiro a desfrutar da decisão.

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As Doutrinas Cristã e Islâmica se Sobrepõem

Mansour El-Kikhia, San Antonio Express-News, 2/28/04

Os muçulmanos acreditam que Jesus, assim como Moisés antes dele, foi enviado para mostrar o caminho do bem, da prática da misericórdia e salvação. Assim como os cristãos, os muçulmanos acreditam que ele nasceu de uma virgem.

De acordo com os muçulmanos Jesus completa um ciclo humano, porque assim como Eva foi produto de um homem sem a semente de uma mulher, Jesus é um homem produzido de uma mulher sem a semente de um homem. Os muçulmanos também acreditam que Jesus curou o leproso e realizou milagres.

Muitos cristãos não sabem que os muçulmanos acreditam que no final dos tempos Jesus, e não Muhammad, o profeta do Islam, retornará.

Existem, claro, profundas diferenças entre as crenças, mas em uma análise final o Islam está mais disposto a aceitar essas diferenças do que lhe é dado crédito.

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O Qatar diz que a Rússia Prendeu Dois de Seus Cidadãos

Reuters, 2/28/04

DOHA, 28 Fevereiro (Reuters) – O Qatar disse no sábado que a Rússia havia detido dois de seus cidadãos na quinta-feira – o dia em que o governo de Doha anunciou que tinha acusado dois russos pelo assassinato de um ex-líder rebelde checheno, despertando a fúria em Moscou.

A agência de notícias do país, QNA, cotou o secretário do Ministério de Relações Exteriores dizendo que o ministro estava em contato com autoridades russas sobre a prisão dos seus dois cidadãos, ambos membros da seleção nacional de luta-livre.

Foi dito que os dois foram presos no aeroporto de Moscou na quinta-feira, o dia em que o Qatar acusou dois russos de envolvimento na explosão de um carro que matou Zelimkhan Yandarbiyev no país, em 13 de fevereiro.

“Eles foram detidos na chegada no aeroporto de Moscou no caminho para a Sérvia, para participar do torneio de qualificação dos Jogos Olímpicos de 2004,” disse a agência QNA.

As autoridades de Moscou ficaram furiosas com a prisão no Qatar dos dois russos, que a Rússia reconhece serem espiões mas insiste que estavam envolvidos na luta contra o terrorismo internacional, e não tiveram nada a ver com o assassinato do checheno.

Recebido pela mala direta do CAIR

Professor Envolvido em Questão Sobre Véu Se Demite

Hector Becerra, Los Angeles Times, 2/28/04

Um instrutor do Colégio Antelope Valley que ficou sob forte criticismo por ordenar uma estudante muçulmana de 19 anos de idade remover o lenço que cobria seus cabelos em sua aula se demitiu sexta-feira, informaram os responsáveis pelo colégio.

Robert Daniel, um engenheiro que dava aulas “part-time” desde 2002, se demitiu antes que a diretoria da escola de Lancaster decidisse se ele deveria ser despedido, disse Jackie Fisher, presidente interino.

“Nós podíamos tê-lo despedido – era uma opção – mas ele se demitiu,” disse Fisher. “Ele não será readmitido e nem trabalhará aqui novamente.”

A estudante, Fajr Burhan, disse que quando ela se dirigiu à aula de ciência de computação dada por Daniel na semana passada ele disse a ela para tirar o hijab ou sair.

Burhan disse que ela se recusou, explicando que ela usava o lenço por razões religiosas. Depois dela ter se sentado Daniel pediu a ela que o acompanhasse para fora da sala de aula. Eles encontraram o diretor, que disse a Daniel que ele tinha que respeitar o direito de Burhan de usar o lenço.

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25.2.04

Banir o Véu? Não em Toronto

Estudantes respeitam outras crenças – Proposta francesa é impopular aqui

Todos os dias estudantes nas escolas de Toronto vêem seus colegas de classe usando símbolos religiosos – cruzes para os cristãos, quipás para estudantes judeus, véus para as jovens muçulmanas seguindo as instruções corânicas para se vestirem modestamente. Eles também vêem alguns sinais externos de filiação religiosa.

E sua reação aos véus e outras vestimentas religiosas que fizeram o governo francês introduzir uma legislação para banir tais símbolos em escolas públicas a partir de setembro próximo? Sem problemas.

“É Toronto,” disse Clancy Zeifman, 16 anos, que estuda no Forest Hill Collegiate.

“É tão multicultural. Nós somos encorajados a praticar nossa religião. Na escola nos ensinam a aceitar todas as religiões. Essa é a forma como somos educados”.

Em Toronto, onde 17 por cento da população é muçulmana, judia, sikh ou budista, e outros 17 por centro diz que não tem religião, os educadores escolheram uma alternativa ao banimento de símbolos de filiação religiosa. Ela se chama acomodação.

“Não é correto acreditar que se é oprimida porque se está usando um véu,” disse Asha Alam, 18 anos.

“E uma freira usando um hábito? Eu uso o lenço por escolha própria. Ninguém está me forçando. Se eu escolher tirá-lo eu posso, apesar de que meus pais ficariam desapontados.

“Isso é o que significa viver em uma sociedade democrática – viver livre e abertamente.”

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19.2.04

Tirando o Véu da Verdade: o Retrato Alemão do Hijab



Rana ficou em destaque na TV alemã

O debate que já dura 1 ano sobre o banimento do véu (hijab) na França e Alemanha alcançou o seu auge quando o presidente francês Jacques Chirac propôs formalmente uma lei banindo o uso de símbolos religiosos nas instituições públicas na França. Isso atraiu a atenção de vários setores da mídia para tentar explicar o conceito de hijab, a lógica por trás do seu uso e, mais importante, saber mais sobre o estilo de vida de mulheres usando o véu.

Mudando Estereótipos



O programa se concentrou principalmente na vida diária das jovens

Em uma tentativa de explorar esse tópico mais a fundo, a televisão alemã tomou um passo positivo para explicar esse fenômeno relativamente novo. Como resultado, o sr. Waltar Dehler, um correspondente estrangeiro da televisão alemã, veio para o Cairo por quase um mês. O seu principal objetivo era preparar um programa que procura compreender o conceito do véu e suas diferentes dimensões, fornecendo aos telespectadores uma cobertura objetiva e de primeira mão sobre o assunto e, espera-se, mudando os estereótipos – na Europa em geral e na Alemanha em particular – sobre as mulheres que usam o véu.

O programa se concentra principalmente na vida diária de algumas jovens egípcias instruídas que usam o véu. O programa mostra essas jovens de véu jogando basquete, estudando, fazendo compras ou se socializando como elas normalmente fazem. “O objetivo”, ele disse, “é mostrar aos alemães que por trás do véu essas garotas também tem suas vidas, vários aspectos dos quais são muito familiares para as jovens européias.” Além disso, existem entrevistas com essas jovens para saber suas opiniões sobre o véu e outros tópicos polêmicos, incluindo, por exemplo, a poligamia.

Por que Elas Usam Hijab?!

A percepção geral sobre as mulheres muçulmanas é que elas não são bem instruídas, não tem direitos iguais aos dos homens e seu papel é principalmente servir aos homens e satisfazer seus desejos. Enquanto que por outro lado, os homens tem o direito de se casar com mais de uma mulher, recebem uma melhor instrução e assim por diante. Entretanto, a maioria dos alemães ficaram fascinados em saber que a maioria das mulheres usam o véu por sua própria vontade.

Vendo o Quadro Completo

De maneira geral o programa ajuda aos alemães a serem capazes de se relacionar mais com as mulheres muçulmanas; a não rotulá-las apenas como “usando véu”, ou pensar nelas como fundamentalistas, mas ao contrário serem capazes de ver o quadro completo de suas vidas, ambições e modos de pensar.

Na verdade os países de maioria muçulmana devem encorajar tais tentativas e iniciar o diálogo e cooperação com a mídia ocidental, para garantir que eles representem a imagem correta sobre o Islam em diferentes partes do mundo. Isso só pode acontecer quando provermos os telespectadores em todo o lugar com os fatos, e deixá-los formar sua própria opinião.

Leia a notícia na íntegra em inglês

16.2.04

Presidente do Líbano chega hoje para estreitar relações políticas e comerciais com o país



Lula e Lahoud seguram as bandeiras dos dois países na visita do presidente brasileiro ao Líbano

Emile Lahoud reúne-se amanhã com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Um dos assuntos será o encontro de cúpula entre chefes de estado árabes e sul-americanos que ocorrerá no segundo semestre. Serão negociados acordos de cooperação nas áreas técnica, cultural, de educação e comercial.

Alexandre Rocha

São Paulo – Como uma continuação da viagem que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez ao Líbano no início de dezembro, o seu colega libanês, Emile Lahoud, desembarca hoje (16) em Brasília com o objetivo de intensificar as relações políticas e comerciais entre os dois países.

A agenda da visita ainda não estava totalmente fechada até o final da tarde de sexta-feira, mas segundo fontes diplomáticas, Lahoud vai se encontrar reservadamente com o presidente Lula na terça-feira (17) pela manhã. Um dos assuntos que deverá ser tratado pelos dois é a realização da reunião de cúpula entre os chefes de estados dos países árabes e da América do Sul, programada para ocorrer no segundo semestre.

O encontro de cúpula foi idealizado por Lula no ano passado e a primeira reunião preparatória para o evento ocorreu em Genebra (Suíça) no dia 30 de janeiro. Ela foi presidida pelo ministro das relações Exteriores do Brasil, Celso Amorim, e contou com a participação de representantes da maioria dos países envolvidos.

Após a conversa com Lula, haverá uma reunião de trabalho entre e delegação libanesa e representantes do governo brasileiro, seguida de uma cerimônia de assinatura de atos. Serão negociados acordos de cooperação nas áreas técnica, de educação, cultural e comercial.

O presidente do Líbano terá uma agenda cheia pelo resto do dia. Após um almoço oferecido pelo Itamaraty, fará visitas de cortesia aos presidentes do Congresso, senador José Sarney (PMDB-AP), e da Câmara dos Deputados, João Paulo Cunha (PT-SP).

No final do dia ele vai se reunir com os embaixadores dos países árabes em Brasília e ainda participará de um jantar oferecido pela comunidade árabe e pelo embaixador de seu país, Fouad El Khoury. Na quarta-feira (18) Lahoud terá em São Paulo um encontro com o governador do estado, Geraldo Alckmin.

Comércio

Apesar de o Brasil ter uma enorme colônia árabe, cerca de 6 milhões de libaneses e descendentes, população maior do que a do próprio Líbano, que é de 4 milhões, as relações comerciais entre os dois países ainda são pequenas.

No ano passado o Brasil exportou para o Líbano o equivalente a US$ 54,8 milhões em mercadorias. Os principais itens da pauta são a carne bovina (in natura e industrializada), café verde, castanha de caju, papel kraft e automóveis. Já as importações de produtos libaneses somaram US$ 6,8 milhões, sendo que as principais mercadorias compradas foram superfosfatos, sementes de cominho, coco seco, doces de frutas e blocos de vidro prensados e moldados.

Nascido em janeiro de 1936 em Beirute, Lahoud é militar de carreira. Ele foi eleito presidente da República pelo parlamento Libanês em 1998. Antes disso ocupava o posto de comandante-geral do exército desde 1989.

Fonte: ANBA

Consulado do Egito inicia projeto para aumentar vendas ao Brasil

Em entrevista à ANBA, o cônsul comercial egípcio Mohamad Bakry Agami afirmou que estão sendo feitos estudos sobre o mercado local e contatos com empresários brasileiros. Ele disse ainda que recebeu "instruções oficiais de dar maior atenção ao Brasil" após a visita de Luiz Inácio Lula da Silva ao seu país. "Podemos dividir o relacionamento bilateral em antes e depois dessa viagem", declarou.

Leia a notícia na íntegra em português

15.2.04

Mulher para Presidir o Museu Egípcio

Pela primeira vez em seus 101 anos de história, uma mulher foi nomeada para presidir o prestigioso Museu Egípcio no Cairo, anunciou na segunda-feira o Conselho Supremo de Antiguidades do Egito.

Wafaa Seddiq ira “supervisionar novos projetos para expandir o museu que deve ser lançado esse ano, que inclui o estabelecimento de uma biblioteca e um centro de visitantes,” disse o secretário-geral do conselho, Zahi Hawwas.

Por seu lado, Seddiq disse que ela planeja “organizar exibições temáticas de modo a atrair o maior número possível de turistas” e prometeu expor peças que tem se deteriorado na armazenagem no porão do museu.

O Museu Egípcio, localizado no centro do Cairo e fundado pela arqueóloga francesa Auguste Mariette, celebrou seu centésimo aniversário em dezembro de 2002. Ele é lar de mais de 160.000 peças, datando de eras pré-históricas até o período greco-romano, incluindo os famosos tesouros do faraó Tutancâmon.

Notícia original em inglês

Arábia Saudita Conta os Lucros do Hajj

09 de Fevereiro de 2004

Dois milhões de muçulmanos tomaram parte esse ano na peregrinação à Meca




A Arábia Saudita ganhou 5.2 bilhões de riyals ($1.38 bilhões) dispendidos pelos peregrinos estrangeiros durante o Hajj desse ano aos locais sagrados islâmicos. Os 1.4 milhões de peregrinos estrangeiros que seguiram para Meca gastaram 1.4 bilhões de riyals ($3.73 milhões) em acomodações, de acordo com uma pesquisa citada pelo jornal Arab News English na segunda-feira.

Dois bilhões de riyals ($533.3 milhões) foram gastos em transporte aéreo, dos quais 20% foram para a aerolinha nacional do reino e o restante em outros serviços e presentes.

Os negociantes de moedas estrangeiras fizeram negócios vigorosos uma vez que os bancos estavam fechados durante o período do Hajj, enquanto farmácias foram ajudadas pelo clima mais frio que o usual, disse o jornal.

O Hajj é o quinto pilar do Islam e é dever de todo muçulmano com meios físicos e financeiros.

Um total de em torno de dois milhões de peregrinos – estrangeiros e residentes - tomaram parte esse ano no Hajj, de acordo com as autoridades sauditas.

Notícia original em inglês

Mulheres e Crianças Iraquianas sob Custódia dos EUA

Por Ahmed Janabi

15 de Fevereiro de 2004


Mulheres iraquianas gritam slogans contra os EUA em frente à prisão de Abu Ghuraib


As forças de ocupação americanas no Iraque tem prendido as esposas de suspeitos de pertencerem à resistência iraquiana em uma tentativa de forçar seus maridos a se entregarem.

“Renda-se, nós temos a sua esposa.” Esse tipo de nota ameaçadora tem sido encontrada nas casas de muitos iraquianos. De acordo com o repórter da Al Jazeera em Bagdá, as forças americanas deixam tais notas toda vez que invadem a casa de um suspeito iraquiano e não o encontram. Acredita-se que muitas mulheres iraquinas estejam na cadeia porque as forças americanas suspeitam que seus maridos pertençam à resistência.

O sargento Robert Cargie da quarta divisão da infantaria em Tikrit negou a acusação. “Isso categoricamente não é verdade. Nós detemos e capturamos indivíduos baseados em informações e inteligência de que a pessoa está envolvida em algum tipo de atividade contra a coalizão. Nós objetivamos uma pessoa independente de seu sexo e fazemos o melhor para capturá-la.”

Mas o Dr Muzhir al-Dulaymi, porta-voz da Liga para a Defesa dos Direitos do Povo Iraquiano, disse à Aljazeera.net que sua organização tinha “discutido o assunto das esposas de suspeitos iraquianos com as forças americanas".

“Nós também discutimos a questão das crianças iraquianas prisioneiras, que são acusadas pelos americanos de envolvimento na resistência iraquiana. Um comitê será estabelecido com a representação americana para examinar as alegações.”

Amplo Ressentimento

Um amplo ressentimento vem aumentando entre os iraquianos que dizem que os EUA não estão dando atenção suficiente ao tratamento dispensado aos iraquianos.

Uma pesquisa recente realizada pelo Instituto Al-Mustaquil de Gerenciamento e Estudos Sociais, em Bagdá, revelou que 60% dos iraquianos rejeitam a ocupação americana do Iraque. A percentagem era 35% em novembro de 2003.

Leia a notícia na íntegra em inglês

14.2.04

Principal Igreja do Canadá Busca Reconciliação com o Islam

Por Mustafa Abdel-Halim, IOL Staff

Cairo, 8 de Fevereiro (IslamOnline.net) – A Igreja Unida do Canadá reconheceu uma longa história de hostilidade em relação aos muçulmanos no Cristianismo e afirmou que a imagem do Islam que “hoje é tão frequentemente descrita como uma religião de violência” deve ser revertida.

A Igreja, principal representante dos protestantes canadenses, liberará no meio de fevereiro um documento buscando reconciliação com os muçulmanos baseado no que as duas religiões tem em comum, disse Margaret Sumdh, um membro do Comitê Inter-crença da igreja, ao IslamOnline.net.

Uma cópia do documento enviada ao IOL reconhece “uma longa história dentro do Cristianismo de hostilidade em relação aos muçulmanos e ao Islam e busca se comprometer em uma jornada de reconciliação com os vizinhos muçulmanos.”

Intitulado “Nós Precisamos nos Conhecer”, o documento vai fundo na relação entre o Islam e o Cristianismo no contexto canadense. Afirmando “o auto-testemunho do Islam como uma religião de paz, misericórdia, justiça e compaixão”, mantém que os cristãos devem buscar “compreender o Islam com humildade e cuidado”.

O documento de 80 páginas foi preparado pela igreja em consulta com uma organização islâmica canadense, uma medida demonstrando o quanto pessoas das duas crenças estão ansiosas para se reconciliar.

Afirmando que levou dois anos para elaborar o documento, Sumdh disse que ele seria distribuído amplamento e incluído em um guia de estudo nas igrejas. “Nós tentaremos alcançar todos os setores da sociedade, incluindo aqueles que não tem antecedentes” disse ela.

A igreja oficial destacou que embora o documento tenha sido escrito para um contexto canadense, ele estabelece um exemplo de como pessoas de diferentes religiões podem viver em harmonia, especialmente na América do Norte.

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O Governo de Martin Ameaça Canadenses que Assistem Canais de Satélites Estrangeiros, Incluindo a Al-Jazeerah

10 de Fevereiro de 2004

O Congresso Islâmico do Canadá se opõe veementemente a um novo projeto de lei federal que dará ao governo de Paul Martin o poder de multar os canadenses que assinarem canais de satélite estrangeiros, tais como a Al-Jazeerah.

O projeto de lei C-2 que deverá ser apresentado para uma segunda leitura no Parlamento no final desse mês, imporá uma multa máxima de $ 25.000 ou um ano de cadeia para os canadenses que forem pegos assinando canais estrangeiros através de empresas americanas, ou que importem os mesmos sinais instalando equipamentos divulgados pela Dish Network ou Direct TV. Ambas as empresas fornecem canais de TV em árabe, espanhol, russo, japonês, polonês, hindi e outros idiomas para um mercado que é muito pequeno para os empreendedores canadenses atenderem.

“Se os canadenses podem assinar revistas e jornais estrangeiros, por que o governo Martin quer puni-los por assinar canais de TV estrangeiros através de um distribuidor americano quando eles não estão disponíveis aqui?” questionou Dr. Mohamed Elmasry, presidente nacional do Congresso Islâmico Canadense. “O projeto de lei C-2 claramente vai contra os valores de liberdade de religião e expressão canadenses. É uma forma insidiosa de censura.”

É estimado que se o projeto de lei C-2 se tornar lei, mais de um milhão de famílias canadenses que assistem esses canais de TV para ficar em contato com suas culturas serão afetadas. Além dos centenas de milhares de canadenses do Oriente Médio que se sintonizam à Al-Jazeerah, muitas outras comunidades étnicas também irão sofrer. Entre elas estariam por exemplo mais de 140.000 canadenses de língua espanhola, de acordo com o Congresso Íbero-Americano do Canadá.

“Isso se equipara a abrir guerra contra o multiculturalismo canadense,” disse a vice-presidente nacional do Congresso Islâmico Canadense, Sra. Wahida Valiante. “Nós pedimos a todos os canadenses que se importam com a liberdade de religião e expressão nesse país para contatar seus parlamentares locais e urgi-los a parar esse projeto de lei.”

Matéria recebida pela mala direta do Montreal Muslim News Network

8.2.04

Hering abre franquias da grife dzarm. nos países árabes

Já foram inauguradas duas lojas, em Dubai e no Bahrein, e outras estão a caminho. O fato é inédito, pois nem mesmo no Brasil a companhia trabalha com franquias da marca, de moda jovem e unissex.












Produtos dzarm. na loja de Dubai: Moda jovem unissex, 'ousada' e 'fashion', porém, adaptada



Alexandre Rocha

São Paulo – Dentro da estratégia de expandir suas fronteiras comerciais para muito além do Brasil, a Companhia Hering, tradicional confecção de Blumenau, Santa Catarina, começou a abrir franquias de sua marcas nos países árabes. No início de dezembro foram inauguradas duas lojas da dzarm., grife de moda jovem unissex, uma no Al Ghurair Shopping Center em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, e a outra no Bahrein Mall em Manama, capital do Bahrein. As unidades têm cerca de 170 metros quadrados.

Até o final de fevereiro mais uma loja da marca será inaugurada na região, desta vez no Catar. No segundo semestre deverão começar a funcionar duas unidades da grife infantil PUC, uma na Arábia Saudita e outra no Líbano.

De acordo com Leandro Vieira, gerente de exportações da Hering, as negociações para a concessão de franquias começaram em setembro do ano passado. Um agente comercial jordaniano fez a ponte entre a companhia catarinense e a Ninety Nine International, que se tornou a franqueada da dzarm. nos Emirados e no Bahrein. O investimento inicial feito pela operadora árabe, segundo Vieira, foi de US$ 900 mil.

Planos

Além disso, a Ninety Nine hoje detém a “reserva de mercado” da marca para o Catar, Jordânia, Egito e Irã. Este último não é um país árabe, mas está localizado no Golfo.

O fato curioso é que a Hering resolveu inovar de vez nos negócios com os árabes ao franquear a grife, uma vez que não trabalha com franquias da dzarm. nem mesmo no Brasil, onde as roupas da grife são comercializadas em lojas multimarcas. A idéia é abrir pelo menos uma loja da marca em cada um desses países.

“Quando o nosso agente da Jordânia esteve em Blumenau, discutindo o assunto, isso parecia impossível”, disse Vieira. No caso da PUC serão escolhidos representantes locais na Arábia Saudita e no Líbano.

As franquias concedidas pela Hering nos países árabes diferem um pouco do modelo tradicional desse tipo de negócio. Segundo Vieira, a empresa não cobra royalties pelo uso da marca, apenas uma taxa de franquia. Os produtos comercializados, porém, são 100% brasileiros, fabricados pela matriz.

Adaptações

“Resolvemos flexibilizar nosso processo de franquias internacionais”, afirmou o executivo. Segundo ele, o pacote para os árabes é mais leve também no que diz respeito aos serviços prestados pela franqueadora. “Pesa menos a prestação de serviços, pois os objetivos maiores são as vendas e a apresentação da marca”, acrescentou.

Na avaliação de Vieira, sairia muito caro para a Hering arcar com os serviços necessários para a promoção da marca do outro lado do mundo. Então todo o desenvolvimento da comunicação visual da marca, por exemplo, é feito pelo operador local e aplicado após aprovação do departamento comercial da matriz.

Segundo o executivo, além dos custos menores, tal sistema permite que o representante trabalhe o marketing da grife “de acordo com a linguagem local”.

Adaptar os produtos ao gosto do freguês faz parte também da estratégia internacional da Hering. Para a dzarm., por exemplo, que representa um segmento de roupas mais “ousadas” e “fashion” dentro da companhia, foi aumentado o comprimento da saias a serem comercializadas no mundo árabe, a fim de se atender a exigências religiosas. “É preciso estudar como cada país funciona e como adaptar os produtos para cada um deles”, afirmou Vieira. Daí a escolha de representantes diferentes para o Líbano e a Arábia Saudita.

No caso da Arábia Saudita, por exemplo, optou-se pela linha infantil ao invés das já tradicionais lojas Hering existentes no Brasil e em outros países da América Latina. “Na Arábia Saudita onde compra homem, mulher não compra, e vice-versa, o que dificulta a abertura de uma Hering Store que vende de tudo. Por isso a opção pela PUC”, afirmou Vieira.

Outros mercados

Mas a estratégia de franchising da empresa catarinense não termina no Oriente Médio, envolve também a Europa. Para março está programada a inauguração de uma loja dzarm. na cidade espanhola de Marbella, que é um rico balneário na costa do Mediterrâneo.

Vieira conta que a Hering decidiu em 2002 começar a apostar com maior força em novos mercados, fora das Américas. Essa decisão, segundo ele, foi motivada pelos problemas econômicos ocorridos na Argentina e na Venezuela, que revelaram a “vulnerabilidade” do mercado latino-americano. A partir daí a companhia começou a enviar representantes para missões e feiras nos países árabes. “Resolvemos trabalhar o processo de consolidação das marcas no exterior”, declarou.

Antes da abertura das franquias, a participação das vendas para os árabes na receita de exportações da Hering era pequena, e ainda é, mas a aposta é no crescimento. De acordo com Vieira, em 2003 a companhia exportou o equivalente a US$ 300 mil para a região, sendo que o faturamento das vendas externas foi de US$ 22 milhões, 22% de seu faturamento global.

É que a Hering tinha apenas um “operador” na Arábia Saudita. Para este ano, a previsão é de que os embarques para os árabes somem US$ 1 milhão. Mas Vieira para por aí suas estimativas. “É preciso ter o pé no chão, ver qual será a aceitação das marcas. O primeiro semestre deste ano será um termômetro importante”, afirmou.

Hoje o principal mercado da empresa no exterior são os Estados Unidos, que respondem por 60% das receitas de exportação. Só que para lá os embarques são formados basicamente por roupas confeccionadas para marcas norte-americanas. O maior mercado da grife Hering, porém, é o Uruguai.

Fonte: ANBA

Primeira conferência de finanças islâmicas acontece em março, em Dubai

Da redação

São Paulo – A 1ª Conferência de Finanças Islâmicas (Firbc, na sigla em inglês) acontecerá nos dias 3 e 4 de março em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. Segundo informações do jornal árabe Khaleej Times, o encontro recerá entre 250 e 300 representantes internacionais.

O evento é voltado para o segmento bancário de varejo. É a primeira vez que esse segmento é enfocado, afirmou o diretor da conferência Reza Adil.

Segundo Khaled Al Ghais, funcionário do banco Dresdner Kleinwort Wassertein, na Amelanha, há muito interesse nesse encontro, especialmente de bancos ocidentais, que começam a atuar no setor. Na Inglaterra, por exemplo, o primeiro banco islâmico deve começar a operar nos próximos meses.

Uma das principais diferenças do setor financeiro islâmico para o tradicional diz respeito aos juros. A lei islâmica, a Sharia, condena a cobrança de juros. Ou seja, os bancos não podem cobrar juros de empréstimos, nem remunerar fundos de investimentos renda fixa. O que acaba acontecendo é que essa remuneração, em vez de ser feita com base nas taxas de juros convencionais, é substituída por uma participação nos ganhos ou perdas que os bancos têm ao administrarem os recursos dos clientes.

A Sharia permite, porém, investimentos em ações, porque representam um ativo real. Mas há restrições: as aplicações só podem ser feitas em papéis de empresas que não ferem os princípios da religião islâmica. Bebidas alcoólicas e armas, por exemplo, ficam de fora.

O segmento tem se mostrado tão rentável que ultrapassou as fronteiras do Oriente Médio - há fundos de ações islâmicos sendo vendidos até mesmo nos Estados Unidos. Estima-se que o total de recursos islâmicos investidos em todo o mundo some cerca de US$ 260 bilhões.

Fonte: ANBA

6.2.04

O quebra-cabeça iraquiano

Dividido entre curdos, sunitas e xiitas, o Iraque enfrentará enormes dificuldades na busca por unidade.

Por Emir Sader

Como diz o ditado, “É fácil tirar o fantasma da garrafa. Difícil é colocá-lo de volta.” Países compostos por várias nacionalidades, etnias ou seitas têm dificuldade de manter sua unidade. Quando ela é destruída, sucedem-se instabilidades difíceis de ser superadas. Passou-se e ainda se passa isso com a ex-URSS e a ex-Iugoslávia. A mais nova vítima de um quebra-cabeça desfeito, cuja unidade coloca problemas aparentemente intermináveis, é o Iraque.

Pouco mais de um mês depois da prisão de Saddam Hussein, janeiro bateu os recordes de vítimas, tanto norte-americanas quanto iraquianas. Não há horizonte para uma nova unidade do país, depois da invasão e da ocupação norte-americana.

A divisão entre xiitas, sunitas e curdos, sobre a qual se sobrepõem todas as feridas da invasão, da destruição de símbolos fundamentais para a identidade do país, mais as humilhações vividas pela população, faz com que a tarefa de recompor algum tipo de governo, com um mínimo de representatividade e de estabilidade, se torne quase impossível.

Os xiitas querem uma república islâmica. Lutam por eleições universais e diretas, seguros de que devem triunfar. Mas desejam, com esse triunfo, impor a contrapartida do que era a hegemonia sunita – instalar um outro regime fundamentalista, desta vez xiita. Os curdos são favoráveis a um regime secular, federativo, não dividido por tendências religiosas – que igualmente os dividiria -, mas que lhes permita uma autonomia regional. Os sunitas, considerando-se os principais protagonistas da resistência à ocupação norte-americana, desejam ser mais representados no Conselho de Governo Iraquiano, pretendendo ter papel fundamental em um novo governo.

Leia a notícia na íntegra em português

5.2.04

Bancos estrangeiros voltam a operar no Iraque pela primeira vez desde a década de 60

Três instituições internacionais começam a funcionar até o final do ano no país: HSBC, Standard Chartered e o Banco Nacional do Kuwait. Mais três devem ser autorizadas em breve, informou o BC iraquiano.

Da redação

São Paulo - O Banco Central do Iraque deu permissão para que três bancos estrangeiros passem a operar no país: o HSBC, o Banco Nacional do Kuwait (NBK, na sigla em inglês) e o britânico Standard Chartered. É a primeira vez que instituições financeiras internacionais voltam a funcionar no país desde 1964, quando o setor foi nacionalizado, informaram agências internacionais.

Segundo o assessor do presidente do BC iraquiano, Sinan al-Shabibi, os bancos devem começar a operar até o final deste ano. "E outras três licenças para instituições estrangeiras serão anunciadas em breve", declarou, de acordo com o jornal libanês Daily Star.

A autoridade monetária do Iraque convidou seis bancos internacionais a se candidatarem a licenças de até seis anos no país. A exigência era a de que cada instituição mantivesse pelo menos US$ 25 milhões no sistema financeiro local.

A escolha do HSBC, do Standard Chartered e do NBK foi feita "para prosseguir com o processo de licenças de bancos estrangeiros", disse al-Shabibi. Segundo ele, o BC "vai se reunir em breve com essas instituições para explicar outros elementos técnicos s procedimentos para a autorização de funcionamento. Mas já antecipamos que as licenças serão dadas até março".

O executivo informou ainda que os bancos deverão começar a operar até "31 de dezembro de 2004". "Essas instituições trarão ao país práticas bancárias modernas, capital e know-how", acrescentou. Para o consultor executivo Joe Sarrouh, do Fransabank, de Beirute, no Líbano, o BC optou por levar ao Iraque bancos que já tivessem expertise em outros mercados fora de seus países de origem.

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Professor de Louisiana Despedido Depois de Puxar o Hijab de uma Estudante Muçulmana



Teólogos muçulmanos dizem que o hijab é uma obrigação religiosa e não um símbolo para ser facilmente abandonado

Washington, 5 de Fevereiro (IslamOnline.net & News Agencies) – Uma escola secundária de Louisiana dispensou um professor de ciências sociais depois dele puxar o hijab de uma estudante muçulmana e fazer comentários ofensivos sobre sua crença, relatou um proeminente grupo de direitos civis islâmicos quarta-feira.

O Conselho para Relações Islâmico-Americanas (CAIR) disse em um comunicado à imprensa enviado para o IslamOnline.net que uma estudante de 17 anos da West Jefferson High School em Harvey, Los Angeles, disse que o professor puxou o seu hijab durante a aula de história em 30 de Janeiro.

Depois de puxar o hijab da estudante, o professor teria dito: “Eu espero que Deus puna você. Não, me desculpe. Eu espero que Allah puna você. Eu não sabia que você tinha cabelo”.

A estudante, que é de origem iraquiana, disse ao CAIR que o professor tinha anteriormente feito comentários ofensivos sobre a origem étnica e religiosa de outros estudantes.

A Diretora da West Jefferson High School, Lale Geer disse ao grupo que o professor tinha sido removido da escola. Geer também destacou que sua escola respeita os estudantes de todas as culturas, e que tal comportamento não seria tolerado.

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Depois do Pisoteamento, Ponte de Quatro Andares para a Área de Jamrat

Meca, 4 de Fevereiro (IslamOnline.net & News Agencies) – A Arábia Saudita está planejando uma ampliação do lugar onde peregrinos jogam pedras nos pilares simbolizando Satã, depois 251 peregrinos terem morrido pisoteados no domingo, 1 de Fevereiro, relatou um jornal saudita.

O projeto, a primeira fase de um plano traçado pelo ministro de assuntos municipais, inclui a construção de uma ponte de quatro andares sobre a área para ampliar a capacidade para 160.000 pessoas, relatou a Agência France-Presse (AFP) citando o jornal Al-Madinah. Uma ponte já existe sobre a área de 272 metros para tentar facilitar a aglomeração dos peregrinos.

Um total de 251 peregrinos muçulmanos foram pisoteados até a morte e em torno de 244 ficaram feridos domingo, o primeiro dos três dias do ritual de apedrejamento marcando o final do hajj.

O incidente ocorreu embora o horário para a realização do ritual no dia da Eid, para aqueles capazes de fazê-lo, seja a partir do nascer do sol, e para aqueles fracos e incapazes de lidar com a multidão seja a partir do final da noite.


Culpa Compartilhada

Testemunhas oculares puseram a culpa tanto nos peregrinos quanto nas autoridades sauditas, relatou o jornal Saudi Arab News na quarta-feira.

Elas disseram que os peregrinos ignoraram as instruções que lhes foram dadas – em alguns casos antes de deixarem seus países – mas culparam a polícia saudita por permitir os peregrinos convergirem para a área de Jamrat vindo de todas as direções. O problema começou quando alguns peregrinos tentaram sair pelo mesmo caminho que entraram, disse o jornal.

Tahera Ahsan, uma dona de casa Indiana, culpou os peregrinos pela tragédia. “Quando nós deixamos a Índia no caminho para Jeddah, nos foram dadas claras instruções sobre o que fazer ou não. Eu estou certa que os peregrinos de outros países também devem ter recebido instruções semelhantes. O que aconteceu no apedrejamento foi o resultado de falta de disciplina e pressa indevida na realização dos rituais,” ela disse ao Arab News.

O Ministro saudita do Hajj Iyad bin Amin Madani também culpou os peregrinos ilegais, que chegam mais cedo para realizar a Umrah (peregrinação menor) e ficam ilegalmente, assim como os residentes locais que nunca se registram para o hajj.

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4.2.04

Iraque: Sequestro de Crianças Aumenta



Crianças sequestradas podem ser mortas após o pagamento do resgate


Milhares de incidentes envolvendo sequestro de crianças tem sido registrados desde 9 de Abril de 2003. O sequestro era um crime raramente cometido no Iraque antes da ocupação.

O jornal inglês baseado no Iraque Azzaman disse sábado que dez crianças incluindo um bebê tinham sido sequestradas nas duas semanas anteriores, na cidade de al-Amara no sudeste do Iraque.

Os sequestradores geralmente pedem às famílias das crianças sequestradas um resgate se eles quiserem ter seus filhos e filhas de volta. As crianças sequestradas são geralmente mantidas em casas desertas ou semi-construídas nos subúrbios da cidade.

Figuras políticas e sociais bem conhecidas da cidade de al-Amara tem pedido às forças de ocupação e à polícia iraquiana para fazer mais para impedir esse crime terrível, mas até agora os eforços tem sido em vão.

Máfias Organizadas

“Os sequestros não são de crianças apenas, homens e mulheres ricos também estão sendo sequestrados. Os sequestradores tem suas próprias prisões, e forçam a família da vítima a comprar um telefone por satélite para se comunicar com eles, porque ele não pode ser rastreado pela polícia iraquiana,” Noman Ahmed, um ex-oficial de polícia disse a Aljazeera.net

Ele disse: “No passado gangues costumavam roubar dinheiro e jóias, mas agora que eles descobriram que é mais fácil e rentável pedir um resgate, eles se tornaram uma máfia organizada.”

Os sequestradores de crianças não pedem menos que $ 20.000 para libertar cada pessoa. A maioria dos pais iraquianos não envia suas crianças para a escola e aqueles que o fazem os acompanham entre a casa e a escola.

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Tragédia do Hajj Não Pára os Devotos

Em torno de dois milhões de peregrinos se reúnem para o ritual final do Hajj anual na terça-feira, apesar das mortes de 251 pessoas pisoteadas no domingo



Pisoteamentos se tornaram comuns durante o ritual de apedrejamento

Além das 251 pessoas mortas pisoteadas, outros 272 peregrinos morreram de causas naturais durante a peregrinação, disse o Ministro do Hajj Iyad Madani.

Depois de repetidas tragédias humanas ao longo dos anos, o rei Fahd emitiu um decreto real na noite de domingo para modernizar as cidades sagradas em um projeto de 20 anos.

O conselho dos grandes ulamas, o mais alto corpo religioso da Arábia Saudita, disse que se encontraria na quinta-feira em Meca para buscar uma solução para prevenir os pisoteamentos.

O Jamarat, o nome dado ao local onde os peregrinos simbolicamente apedrejam os três pilares representando o demônio, tem sido um lugar problemático durante a peregrinação de vários dias.

Durante três dias, centenas de milhares de peregrinos convergem para um lugar estreito no vale de Mina, várias milhas a leste de Meca e as providências tomadas até agora para minimizar a situação não apresentaram resultados.

Morrer em Meca

As mortes não chocaram muitas pessoas, com vários peregrinos certos de que aqueles que morrem durante o Hajj entram no Paraíso.

“Os familiares e amigos daqueles que morrem sentirão a sua falta mas eles tem a chance que ninguém pode ter morrendo na terra sagrada do Islam onde eles são então enterrados,” disse um bangladeshi.

Crença Antiga

“Quando nossos ancestrais partiam para a peregrinação à Meca eles se despediam de seus amigos e seguiam de camelo ou barco para uma jornada que geralmente durava vários meses,” disse Abd Allah Muhammad, um senegalês.

“A morte de um peregrino, que seria conhecida somente quando a caravana retornava, era recebida com respeito e piedade por causa da honra concedida àquele que terminou seus dias em Meca e nos lugares sagrados na Arábia Saudita,” disse ele.

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2.2.04

Kilroy é punido por declarações anti-árabes

Por Hamed Chapman

A comunidade muçulmana alegou sucesso pela saída de Robert Kilroy-Silk de seu próprio programa de entrevistas na BBC depois de 18 anos. A decisão do apresentador de 61 anos de sair foi uma “vitória chave para os muçulmanos britânicos em sua luta constante contra a Islamofobia,” disse a Sociedade Islâmica da Bretanha, que tem liderando a campanha contra a sua adequação para o trabalho.

O Conselho Islâmico da Bretanha (MCB) disse que esperava que o episódio enviaria “um sinal claro de que o racismo anti-árabe é inaceitável, tão odioso quanto qualquer outra forma de racismo.”

Apesar de sua saída Kilroy ainda pode ser processado por incitar o ódio racial, depois que a Comissão para a Igualdade Racial (CRE) pediu a polícia para investigar se seu artigo, entitulado “Não devemos nada aos árabes”, perturba a ordem pública.

Kilroy-Silk, em sua declaração de resignação de 16 de Janeiro falou das “dificuldades” que causou à BBC, mas continuou a insistir que acreditava “que é meu direito expressar minhas opiniões, por mais desconfortáveis que sejam.” Mas a Diretora da BBC Televisão, Jana Bennett, disse que a decisão não era sobre liberdade de expressão. “Apresentadores desse tipo de programa tem a responsabilidade de manter a imparcialidade da BBC,” ela insistiu.

As opiniões racistas do apresentador de televisão também foram condenadas no Parlamento por uma deputada trabalhista, Lynne Jones. Na mesma moção foram traçados paralelos com o surgimento do Nazi-fascismo na Alemanha, que “tem sido apoiado por propaganda que desumaniza e vilifica o povo judeu como uma raça.” O uso atual de “táticas similares em relação a qualquer grupo étnico ou religioso, por exemplo culpar o povo árabe em geral pelos eventos de 11 de Setembro, devem ser condenados,” alertou.

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Mudança drástica em leis de casamento do Paquistão

Fonte: Zaffar Abbas - Islamabad



A Suprema Corte do Paquistão decidiu nesta sexta-feira que as mulheres muçulmanas adultas do país podem se casar com qualquer homem que elas quiserem.
A decisão cancela um parecer anterior de um outro tribunal, que decidiu que casamentos de mulheres feitos sem o consentimento do pai ou do irmão dela não eram válidos.
Militantes de direitos humanos vinham lutando para cancelar essa decisão há cerca de seis anos.
Segundo eles, o parecer que foi cancelado pela Suprema Corte era discriminatório contra as mulheres e contrário aos preceitos islâmicos.

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